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Polícia prende suspeitos de golpes em aluguel de imóveis para a COP30 em Belém

Operação entre Pará e Pernambuco desarticula esquema que usava anúncios falsos e causou prejuízos superiores a US$ 500 mil a turistas

Uma investigação conjunta das polícias civis do Pará e de Pernambuco resultou na prisão de cinco pessoas suspeitas de aplicar golpes em turistas que planejavam viajar a Belém durante a COP30. A operação, batizada de “Check Out”, foi realizada na sexta-feira (19) e também determinou o bloqueio de contas bancárias ligadas ao esquema.

As apurações apontam que o grupo produzia anúncios falsos de imóveis de alto padrão na capital paraense e os divulgava em plataformas de hospedagem. As vítimas, em sua maioria estrangeiras, realizavam transferências antecipadas para garantir reservas inexistentes.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Proteção ao Turista do Pará, com apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Recife, Paulista e Ipojuca, onde funcionava a estrutura do grupo.

Dinâmica da fraude

Segundo a polícia, os suspeitos utilizavam imagens de residências reais, sem autorização dos proprietários, para criar anúncios fraudulentos. O contato com as vítimas ocorria por meio de perfis falsos em sites de hospedagem e, em alguns casos, diretamente com representações diplomáticas.

Entre as práticas identificadas estavam:

  • criação de contas falsas em plataformas digitais;
  • uso indevido de fotos de imóveis localizados em Belém;
  • solicitação de depósitos antecipados como condição para a reserva.

Durante a operação, foram apreendidos celulares, tablets, cartões bancários, procurações e documentos imobiliários. O material, de acordo com os investigadores, indica a prática de lavagem de dinheiro.

Atuação internacional

A apuração identificou a participação de dois cidadãos italianos, que teriam atuado como intermediários nas negociações com diplomatas e representantes estrangeiros. As vítimas só percebiam o golpe ao chegar a Belém e constatar que os imóveis anunciados não estavam disponíveis.

O prejuízo estimado supera US$ 500 mil, conforme dados reunidos pela polícia a partir dos registros das ocorrências.

Cooperação policial

A Polícia Civil destacou que a troca de informações entre os dois estados foi decisiva para localizar os suspeitos e interromper a atuação do grupo. Apesar de o golpe ter como foco turistas que visitariam o Pará, toda a operação criminosa funcionava a partir de Pernambuco.

As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e apurar a extensão total das fraudes. Paralelamente, a polícia trabalha para auxiliar no processo de ressarcimento das vítimas.

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