A realização da COP30 em Belém gerou um aquecimento expressivo da economia paraense ao longo de novembro, segundo levantamento preliminar da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Entre os dias 1º e 24, foram emitidas 42,07 milhões de Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e), somando R$ 4,4 bilhões — crescimento de 7% em relação ao mesmo período de 2024, quando o total foi de R$ 4,1 bilhões.
O setor de alojamento foi um dos maiores destaques. Hotéis e motéis emitiram R$ 4,5 milhões em notas no período analisado, alta de 58,5% frente a 2024. Para o secretário da Fazenda, René Sousa Júnior, a ampliação da oferta de leitos, a melhoria de serviços e as adequações urbanas realizadas em parceria com o governo federal foram determinantes para atender à demanda. Ele afirmou que o evento deixou um “legado de obras e melhorias urbanas” e estimulou tanto o comércio formal quanto o informal.
A movimentação também foi intensa no Aeroporto Internacional de Belém. Entre 1º e 23 de novembro, foram registrados 3.122 voos comerciais e aproximadamente 508 mil passageiros — aumento de 52% em comparação ao ano anterior. No período do evento, 66 mil pessoas foram credenciadas na Zona Azul, área que concentrou as negociações oficiais da conferência.
A Sefa utilizou big data para medir o impacto econômico por meio de NFC-e e Bilhetes de Passagem Eletrônicos (BP-e). Os dados refletem crescimento generalizado no consumo, especialmente nos setores de comércio varejista (R$ 3,9 bilhões, +6,3%), comércio atacadista (R$ 230,5 milhões, +9,1%) e alimentação (R$ 163,9 milhões, +29,3%). O ramo de fabricação de produtos de metal registrou a maior expansão proporcional, passando de R$ 891,8 mil para R$ 4,1 milhões (+368,3%), impulsionado pela montagem de estruturas da conferência.



