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Empresa do Pará é condenada a pagar R$ 4 milhões por coagir empregados a votar em Bolsonaro

O Tribunal Superior do Trabalho entendeu que a Mejer Agroflorestal, de Bonito (PA), cometeu assédio eleitoral ao pressionar funcionários a apoiar o então presidente durante as eleições de 2022.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou a empresa Mejer Agroflorestal, sediada em Bonito, no nordeste do Pará, ao pagamento de R$ 4 milhões por danos morais coletivos, após comprovar que a companhia cometeu assédio eleitoral durante o segundo turno das eleições de 2022.

De acordo com a decisão, mensagens em grupos de WhatsApp e relatos de reuniões internas indicaram que os empregados foram pressionados a votar em Jair Bolsonaro sob ameaça de demissão caso o Partido dos Trabalhadores (PT) vencesse a disputa presidencial.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) apontou que a conduta da empresa afetou não apenas os trabalhadores, mas também parte significativa da comunidade local, devido ao peso econômico da Mejer na região.

Além da indenização, a Justiça determinou que a empresa divulgue internamente comunicados informando que o voto é livre e secreto, reforçando o direito constitucional dos empregados à liberdade política.

Na decisão, o TST destacou que o assédio eleitoral fere direitos fundamentais e compromete o processo democrático, configurando grave violação à dignidade e à autonomia dos trabalhadores.

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