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Foragido há mais de um mês, condenado por plano de bomba em Brasília é procurado no Pará

George Washington de Oliveira Sousa, morador de Xinguara, foi condenado por tentar explodir caminhão-tanque perto do aeroporto da capital federal em 2022.

George Washington de Oliveira Sousa, natural do Ceará e residente em Xinguara, no sudeste do Pará, está foragido há mais de 40 dias. Ele foi condenado por planejar a explosão de um caminhão-tanque próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022. A prisão foi determinada em 25 de junho pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, George Washington viajou do Pará à capital federal levando armas, explosivos e munições. Ele confessou ter instalado o artefato no veículo, afirmou ter investido R$ 170 mil em armamentos e declarou estar “preparado para guerra”, aguardando “convocação do Exército”. Para a PGR, o objetivo era gerar pânico e criar condições para um estado de exceção no país após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições.

O plano foi elaborado junto a Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, que estão presos. O explosivo, fixado na parte traseira do caminhão-tanque estacionado próximo à base aérea de Brasília, foi encontrado e removido pelo motorista antes de ser detonado.

George Washington já atuou como empresário do setor de combustíveis, sendo ex-proprietário de uma empresa multada pelo Ibama. Atualmente, declara-se gerente de postos e tem vínculo comercial com o Posto Cavalo de Aço, em Xinguara. É casado, pai de dois filhos e tem histórico de atividades empresariais na região.

Em maio de 2023, foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão por crimes relacionados à explosão planejada, porte ilegal de armas e artefatos explosivos. Após conseguir progressão para o regime aberto em fevereiro de 2025, teve o benefício revogado pelo STF em junho, quando o caso passou a tramitar junto a investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

No dia 18 de julho, Moraes determinou a notificação por edital, recurso usado quando o acusado está em “local incerto e não sabido”. O prazo de 15 dias expirou sem manifestação da defesa. Até o momento, o paradeiro de George Washington é desconhecido.

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