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A três meses da COP30, Mercado de São Brás continua fechado e sem previsão de funcionamento

Mesmo após duas inaugurações e R$ 150 milhões investidos, espaço segue em obras e enfrenta impasse administrativo, enquanto Belém corre contra o tempo para a conferência climática.

Com a COP30 se aproximando, Belém entra na contagem regressiva para receber cerca de 60 mil visitantes em novembro. Porém, uma das principais obras de responsabilidade da Prefeitura de Belém, o Mercado de São Brás — que deveria ser símbolo de revitalização e polo turístico durante o evento — permanece fechado, com obras incompletas e sem data definida para abrigar os feirantes e empresários.

Orçado em R$ 150 milhões, sendo R$ 90 milhões provenientes da Itaipu Binacional e R$ 60 milhões da prefeitura, o mercado foi inaugurado duas vezes em menos de quatro meses: em setembro de 2024, com a entrega parcial de um pavilhão e da praça, e em dezembro do mesmo ano, quando toda a estrutura foi aberta ao público. Apesar das cerimônias, o espaço nunca funcionou plenamente.

A promessa feita em dezembro pelo Instituto Amazônia Azul, Organização Social (OS) responsável pela gestão do mercado por 20 anos, era de que os locatários e permissionários começariam a ocupar o espaço gradualmente, com adaptação concluída até o fim de março de 2025. Mas a previsão não foi cumprida.

Desde então, o cenário piorou. A prefeitura rompeu o contrato com a OS e assumiu o compromisso de administrar o espaço diretamente, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, enquanto a Procuradoria do Município estuda um novo modelo de concessão à iniciativa privada. O impasse administrativo se soma aos atrasos da obra, que continua com operários atuando em áreas no entorno.

Questionadas sobre o novo prazo, a Itaipu informou que a conclusão das obras estariam prevista para julho de 2025, enquanto o Instituto Amazônia Azul havia projetado junho como prazo final. A prefeitura, por sua vez, limitou-se a dizer que “as obras continuam porque faltam ajustes e partes da estrutura a serem finalizadas, inviabilizando a ocupação do espaço”.

Enquanto isso, os feirantes, que trabalham em estruturas improvisadas há mais de dois anos, seguem sem resposta sobre quando poderão retornar ao mercado. O local não pode ser visitado pelo público.

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