Com apenas cinco anos, a paraense Catarina Ritler já tem reconhecimento internacional e um título inédito: é considerada a leitora bilíngue mais jovem do Brasil. Fluente em inglês e com um QI acima da média, a menina chamou a atenção da família e de especialistas ao apresentar habilidades incomuns desde o primeiro ano de vida.
Segundo a mãe, Sara Ritler, Catarina começou a demonstrar sinais de desenvolvimento precoce ainda bebê. “Com um ano e oito meses, ela já sabia o alfabeto todo. A gente achava que era normal”, conta. Aos dois anos, Catarina já lia placas nas ruas, mesmo sem nunca ter frequentado a escola.
O caso levou a família a buscar avaliações neuropsicológicas em Brasília e Goiânia, que confirmaram a superdotação. Além da fluência em inglês e da leitura precoce, Catarina foi premiada por uma comunidade internacional de jovens talentos, a ISKA, nas categorias de memória e inteligência.
A menina também impressiona professores e colegas mais velhos nos cursos livres que frequenta. “Ela entende e fala inglês perfeitamente, adora ouvir músicas no idioma. Em sala, chama a atenção de crianças de até nove anos”, conta a orientadora Solange Menezes.
Especialistas destacam que a superdotação não é uma doença, mas uma condição de neurodesenvolvimento que exige estímulos adequados. No Brasil, a legislação garante direitos como aceleração escolar e enriquecimento curricular para alunos com altas habilidades.
Segundo a OMS, cerca de 5% da população mundial possui superdotação, mas muitos casos deixam de ser diagnosticados. O psiquiatra Yuri Machado, por exemplo, só descobriu a própria condição na fase adulta. “O diagnóstico precoce pode mudar tudo. Evita sofrimento e ajuda a direcionar melhor o potencial da pessoa”, afirma.
