O município de Sena Madureira, localizado no interior do Acre, agora carrega oficialmente o título de Capital Nacional da Castanha do Brasil. A honraria foi estabelecida pela Lei nº 15.129, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada no Diário Oficial da União. A decisão coroa o protagonismo do município na produção do fruto, que além de símbolo da Amazônia, é valorizado mundialmente por seus benefícios nutricionais e por representar a economia sustentável baseada na floresta.
A castanha, conhecida popurlamente como “castanha-do-Pará”, é uma das principais riquezas naturais da Amazônia. O novo título concedido a Sena Madureira vem após polêmica em torno da nomenclatura popular do produto, mas coloca o foco sobre algo mais concreto: o papel central que o município exerce na cadeia produtiva do fruto. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que Sena Madureira é o maior produtor de castanha do Acre, com participação significativa no mercado nacional.
A lei é fruto de um projeto apresentado pelo ex-deputado federal e atual prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz. No Senado, a proposta recebeu parecer favorável da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, sob relatoria do senador acreano Alan Rick (União-AC), defensor do reconhecimento. “Esse título é uma forma justa de valorizar o trabalho dos nossos extrativistas e de impulsionar o desenvolvimento local com base na floresta em pé”, afirmou o senador.
A castanha do Pará é uma das fontes mais ricas de selênio do mundo, um mineral essencial para a saúde humana. Além do valor nutricional, a cadeia produtiva da castanha representa uma das alternativas mais sustentáveis de geração de renda para comunidades ribeirinhas e extrativistas. Ao contrário de atividades predatórias, a coleta da castanha depende da manutenção da floresta em pé, tornando-se exemplo de economia verde no país.
