Lula destina R$ 6 bilhões do Pará para ferrovia no Espírito Santo, e decisão gera indignação
Investimento oriundo da Estrada de Ferro Carajás deveria beneficiar o Pará, mas será destinado ao Sudeste, deixando o estado novamente sem avanços na infraestrutura ferroviária.
A decisão de destinar R$ 6 bilhões da renovação da concessão da Estrada de Ferro Carajás, que opera no Pará, para a construção de uma ferrovia no Espírito Santo gerou revolta entre lideranças políticas e moradores paraenses. O Pará é um dos maiores exportadores de minério do Brasil, no entanto, mais uma vez, fica sem investimentos que poderiam alavancar sua infraestrutura e economia.
O deputado federal Joaquim Passarinho (PL) criticou a decisão. “Se o minério é do Pará, a ferrovia é no Pará e a produção sai do Pará, por que os investimentos estão indo para outros estados? Seguimos cobrando transparência, respeito e investimentos justos para o Pará. Nosso estado merece ser prioridade!”, declarou.
Há décadas, o Pará aguarda por projetos ferroviários que nunca saíram do papel. Entre os exemplos estão a Ferrogrão, a Ferrovia Paraense e a Ferrovia Norte-Sul, que poderiam transformar a logística regional e impulsionar o desenvolvimento econômico. No entanto, esses projetos enfrentam constantes entraves políticos e pressões de grupos ambientalistas, que impedem avanços significativos.
O investimento no Espírito Santo foi oficializado como parte de um novo ramal ferroviário que atenderá ao Sudeste. Para especialistas, essa decisão reflete a falta de prioridade dada ao estado do Pará, que desempenha papel fundamental na arrecadação e exportação de riquezas minerais.
