A diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, afirmou nesta quinta-feira (24) que a presença de corais na Foz do Amazonas, supostamente ameaçados pela exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, não passa de uma “fake news científica”. A declaração foi feita durante uma aula aberta na Coppe, instituto da UFRJ, onde a executiva defendeu a viabilidade ambiental da exploração, cujas atividades dependem de aprovação do Ibama.
Sylvia explicou que a Petrobras realizou um mapeamento da região, conduzido pelo seu centro de pesquisa Cenpes e mais de dez instituições, e que não foram identificados corais. “Existem rochas carbonáticas, semelhantes a corais, mas não são corais. Isso é uma ‘fake news’ científica”, disse.
Divergência entre especialistas e pressão ambiental
O projeto de exploração enfrenta forte resistência de entidades ambientais e cientistas, que alertam para possíveis impactos na biodiversidade local, especialmente em formações recifais que incluem esponjas e algas, habitats importantes para a cadeia alimentar de espécies marinhas.
Sylvia rebateu que a área de perfuração fica a 175 km da costa do Amapá e a mais de 500 km da Foz do Amazonas, o que, segundo ela, minimiza o risco de contaminação de ecossistemas como os manguezais.
Prazo da perfuração deve se estender a 2025
Mesmo que o Ibama conceda a licença, a diretora explicou que a Petrobras já precisou remover equipamentos da região devido à demora no processo de licenciamento, adiando o início da perfuração para 2025.