O Ministério do Turismo está realizando um mapeamento das cidades brasileiras que poderão abrigar cassinos, caso o projeto de lei em tramitação no Senado seja aprovado. Entre os possíveis destinos está Alter do Chão, no Pará, conhecido por suas belas praias e turismo ecológico. Além de Alter do Chão, estão na lista Jericoacoara, no Ceará, Barra de São Miguel, em Alagoas, e Aruanã, em Goiás. No Paraná, várias cidades competem pela indicação, destacando-se Foz do Iguaçu, que busca manter sua atratividade turística frente à Argentina, onde cassinos já são uma realidade.
Segundo técnicos do Ministério do Turismo, o mapeamento está em fase inicial e ainda haverá muitas discussões com os municípios e deputados envolvidos, uma vez que o lobby em torno dos cassinos é intenso. Os investimentos decorrentes desses empreendimentos podem alcançar bilhões de reais, transformando a economia local e gerando empregos.
O projeto de lei, relatado pelo senador Irajá (PSD), prevê a emissão de apenas 34 licenças para cassinos em todo o Brasil, distribuídas de maneira a contemplar ao menos um cassino por estado, com algumas exceções. São Paulo, devido à sua grande população, poderá receber até três cassinos, enquanto Rio de Janeiro e Bahia poderão ter dois cada. Pará e Amazonas, devido à sua vasta extensão territorial, também poderão abrigar dois cassinos cada.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, tem se mostrado ativo na promoção do projeto. Recentemente, reuniu-se com executivos do Hard Rock Café, um dos maiores operadores de cassinos do mundo, e em abril, conversou com representantes de cassinos de Singapura. Essas negociações visam atrair investimentos internacionais e expertise para o desenvolvimento de cassinos no Brasil.
No entanto, especialistas apontam possíveis riscos associados à legalização dos cassinos. Entre as preocupações estão o aumento do vício em jogos de azar e a lavagem de dinheiro. Além disso, há incertezas quanto ao impacto ambiental que esses grandes empreendimentos podem causar nas regiões contempladas.