Paraense quer levar Tecnobrega ao breaking nas olimpíadas de Paris 2024
O breaking, também conhecido como breakdance, estreará como modalidade olímpica nos Jogos de Paris em 2024, e um paraense sonha em levar a cultura e a música do Pará para essa estreia. Leony Pinheiro, de 28 anos, um B-Boy paraense que descobriu o breaking na adolescência em Belém, tem grandes ambições de representar o Brasil na competição, misturando a dança de rua com elementos do tecnobrega, um dos ritmos mais característicos do Pará.
A jornada de Leony no mundo do breaking começou quando ele tinha apenas 12 anos. Em uma visita à praça de São Braz, em Belém, ele ficou impressionado ao ver um homem girando de cabeça para baixo durante quase cinco minutos sem se machucar. “A gente foi até lá para ver, e eu simplesmente me apaixonei”, lembra Leony. Desde então, ele trocou o futebol e o caratê pelo breaking, frequentando a praça onde cerca de 150 pessoas se reuniam para ensaiar seus passos de dança.
Leony rapidamente desenvolveu suas habilidades no breaking e passou a buscar referências da cultura e da música do Pará para criar seus próprios movimentos. Ele acredita na importância de levar a regionalidade para o breaking e usa a dança como uma forma de conectar-se com suas raízes paraenses. O tecnobrega, com sua mistura de ritmos e batidas eletrônicas, tornou-se uma de suas inspirações para criar movimentos únicos.
Além de se destacar no cenário nacional, Leony Pinheiro conquistou reconhecimento internacional ao vencer o Red Bull BC One Brazil, uma das competições mais prestigiadas para B-Boys e B-Girls, por cinco vezes entre 2013 e 2023. Ele também teve a oportunidade de viajar para a França, onde participou do filme “Batalha do Ano” e de documentários que exploraram as raízes do hip-hop e do breaking.
Apesar de seu sucesso, Leony permanece com os pés no chão. Ele reconhece a dificuldade de se classificar para as Olimpíadas, pois apenas os sete primeiros colocados de cada gênero no circuito olímpico ganham uma vaga em Paris. “Não é fácil, é muito difícil, porque agora a gente só tem os 40 melhores do mundo, e, sendo bem sincero, não estou entre os dez melhores do mundo. Talvez no top 16 do mundo eu esteja”, confessa. Mesmo assim, ele está determinado a buscar essa oportunidade e representar o Brasil em uma estreia histórica para o breaking nos Jogos Olímpicos.



