O ex-secretário de Educação da prefeitura de Belém, Luiz Araújo, trouxe à tona um racha interno no PSOL neste final de semana, revelando divergências entre os aliados do prefeito Edmilson Rodrigues. Em meio à forte rejeição enfrentada pelo prefeito na capital paraense, alguns dirigentes partidários começaram a questionar a viabilidade de sua reeleição.
Questões como a crise do lixo tornaram-se munição para minar outra pré-candidatura de Guilherme Boulos na cidade de São Paulo. Nesse contexto, Luiz Araújo desligou-se da “Primavera Socialista”, grupo de Edmilson Rodrigues, para ingressar na “Revolução Solidária”, liderada por Boulos.
Araújo criticou a ala do prefeito, alegando que se transformou em um “grupo de interesses”, distante dos movimentos sociais e sem uma discussão política relevante. Ele se diz arrependido por não ter feito mais para evitar a consolidação de projetos pessoais dentro do partido.
Essa divisão interna no PSOL ganhou destaque com a pré-candidatura anunciada pela vereadora Professora Silvia Letícia, que enfrentou ameaças de expulsão e denúncias no Conselho de Ética da sigla. Enquanto a maioria do partido apoia a reeleição de Edmilson Rodrigues, há discordâncias e vozes que alertam para o risco de fortalecimento do bolsonarismo caso o partido não promova mudanças significativas.
A gestão do PSOL em Belém tem sido utilizada como argumento contra a candidatura de Boulos nas redes sociais, principalmente por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que apoiam a reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).