A imponente Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, situada no bairro da Campina em Belém, testemunha silenciosamente os estragos do tempo e do abandono. Datando da segunda metade do século XVII, a igreja, tombada como Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico, é uma expressão da cultura paraense e carrega consigo a rica história de uma pequena ermida inicialmente construída pelos esforços dos negros escravizados.
Projetada pelo renomado arquiteto italiano Antônio Landi, a igreja, que deveria ser um ponto de referência para turistas e fiéis, encontra-se em meio a um cenário desolador. As ruas Padre Prudêncio com a Aristides Lobo, onde está localizada, são diariamente invadidas pela sujeira, fios elétricos e telefônicos arrebentados, evidenciando o abandono que a envolve.
A situação é ainda mais desafiadora devido à entrega de refeições pelo Restaurante Popular, que, sem opções adequadas, força as pessoas a comerem nas ruas, criando um ambiente de humilhação. Após as refeições, os restos de comida espalhados atraem ratos e pombos, propagando doenças e oferecendo um risco ambiental, especialmente com a acumulação de água nas vasilhas, propícias para a proliferação do mosquito da dengue.
A população do bairro da Campina, assim como os frequentadores da Igreja do Rosário, clama por auxílio e teme que medidas sejam adotadas somente após a ocorrência de desastres. Este apelo serve como um chamado urgente para a preservação e revitalização desse patrimônio, uma joia do século XVII que merece ser resguardada para as futuras gerações.
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