Filme ‘Som da Liberdade’ lidera bilheterias no Brasil
O filme ‘Som da Liberdade’ tem conquistado o topo das bilheterias nos cinemas brasileiros, surpreendendo o público com uma iniciativa inusitada. A Angel Studios, produtora do longa-metragem, que já vem gerando polêmicas por sua suposta relação com teorias de conspiração de extrema direita, optou por oferecer ingressos gratuitos.
A proposta é que aqueles que têm condições financeiras adquiram ingressos antecipados, subsidiando a entrada daqueles que não podem arcar com os custos. Para garantir a entrada, basta acessar o site da produtora.
‘Som da Liberdade’ estreou no Brasil na última quinta-feira (26) e já arrecadou mais de R$ 5,7 milhões no fim de semana, conforme dados preliminares de bilheteria. Além de seu sucesso no Brasil, o filme independente obteve destaque global, atingindo uma arrecadação de US$ 212 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão, na cotação atual), de acordo com o site Box Office Mojo. Este feito colocou ‘Som da Liberdade’ como a produção independente mais bem sucedida desde ‘Parasita’, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2020.
Contudo, o filme tem sido alvo de controvérsias desde sua estreia nos Estados Unidos, em julho. Especulações sobre a trama estarem vinculadas a teorias conspiratórias do grupo extremista QAnon e sobre Hollywood estar boicotando o filme geraram grande repercussão.
Dirigido por Alejandro Gómez Monteverde, o enredo é inspirado na história real de Tim Ballard, conhecido por ser um caçador de pedófilos e ex-agente especial do governo dos Estados Unidos, interpretado por Jim Caviezel. A temática em torno da proteção infantil levou o filme a conquistar uma grande audiência, especialmente entre o público conservador americano. Além disso, o apoio de personalidades de direita, como Donald Trump e Mel Gibson, suscitou especulações sobre uma possível associação do filme às ideias do QAnon.
Entretanto, vale ressaltar que a produção foi escrita em 2015, anteriormente ao surgimento do QAnon, e foi filmada em 2018 pela produtora Fox. Após a compra dos direitos pela pequena produtora Angel, o longa foi retomado. A narrativa também gerou polêmica no Brasil, sendo apoiada por políticos de direita, incluindo a presença de Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Mário Frias na pré-estreia.



