Pará está entre os 3 piores estados com cobertura da internet, revela relatório
A ausência de acesso à internet prejudica populações no Norte e Nordeste do Brasil
Belém, 17 de julho de 2023: A internet se tornou um elemento fundamental em diversas áreas, desempenhando papéis importantes na informação, educação, cultura, entretenimento, negócios e marketing. Sua influência no desenvolvimento e na qualidade de vida pode ser observada através da relação entre o número de habitantes com acesso à internet e o progresso de uma região.
De acordo com o relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT) de 2021, cerca de 2,9 bilhões de pessoas ao redor do mundo nunca utilizaram a internet, sendo que 96% delas vivem em países em desenvolvimento. Na África, apenas um terço da população possui acesso à rede mundial de computadores, enquanto na Europa esse número chega a 90% da população.
Brasil: No Brasil, segundo os dados do Censo do IBGE, em 2021, 90,0% dos domicílios já possuíam acesso à internet. Entretanto, quando observamos os dados mais específicos sobre a cobertura de diferentes tecnologias, percebemos disparidades significativas.
Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), aproximadamente 8,1% dos brasileiros (16,5 milhões de pessoas) ainda não têm acesso às tecnologias 3G e 4G, apesar de 93 milhões de brasileiros já desfrutarem da tecnologia 5G. Essa falta de cobertura é mais acentuada nos estados do Norte e Nordeste do Brasil.
Pará 3G: No Pará, ainda há uma parcela significativa da população sem sequer acesso à tecnologia 3G. A situação no Maranhão também é semelhante, com mais de 20% dos moradores sem acesso à rede disponível. Em cada 4 habitantes, 1 não possui acesso.
Em contrapartida, estados como Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro apresentam índices mais elevados de cobertura. No Distrito Federal, por exemplo, 99,8% da população tem pelo menos acesso à tecnologia 3G.
Dificuldades: Essa falta de cobertura afeta principalmente as famílias mais pobres, que vivem em bairros e localidades mais afastadas dos centros urbanos. Nessas regiões, atividades cotidianas se tornam inacessíveis, como enviar mensagens e fazer pagamentos utilizando maquininhas de cartão, que dependem de conexão móvel. A falta de acesso à internet, portanto, representa um obstáculo significativo para o desenvolvimento dessas regiões, limitando oportunidades e dificultando o acesso a serviços básicos.
Leia também: Prévia do PIB tem pior queda para maio em 5 anos



