O índice de Gini, que mede a desigualdade de renda no país, caiu para 0,518 em 2022, atingindo o menor valor da série histórica, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda foi devido à entrada de quase 8 milhões de pessoas na população ocupada, o que contribuiu para uma distribuição menos desigual. O rendimento médio dos trabalhadores sem carteira e por conta própria também aumentou no período.
Apesar da redução no índice de Gini, a desigualdade ainda persiste no país. Em 2022, o rendimento médio domiciliar per capita do 1% da população que ganha mais era de R$ 17.447, o que equivale a 32,5 vezes o rendimento médio dos 50% que ganham menos (R$ 537). Em 2021, essa razão era de 38,4 vezes.
A analista Alessandra Brito afirmou que a queda brusca dessa razão reflete tudo que foi observado, com muitas pessoas voltando para o mercado de trabalho, os mais pobres recebendo um auxílio que se compara ao auxílio emergencial em valor e uma pequena redução no rendimento do 1% mais rico.
Em relação aos programas sociais, houve um aumento percentual de domicílios recebendo o Auxílio Brasil, que substituiu o auxílio emergencial, e uma redução na proporção dos que recebem outros programas sociais. O rendimento médio mensal domiciliar per capita foi de R$ 1.586 em 2022, crescendo 6,9% em relação a 2021, quando havia atingido o menor valor da série histórica (R$ 1.484).



