BELÉMNOTÍCIAS

Opiniões nas redes sociais ficam divididas sobre restauração do Solar da Beira

Imagens das obras de restauração no prédio histórico Solar da Beira, no centro de Belém, causaram repercussão e dividiram opiniões nas redes sociais nesta sexta-feira, 12.

A restauração do prédio do Solar da Beira está na reta final, as cores originais foram resgatadas e ele deve ser entregue em julho

Uma das postagens, que já teve cerca de 2 mil curtidas no Twitter, lamenta a retirada da famosa frase: “Daqui, em 1976, acenei para você”, incluída no prédio em meados de 2010. A frase fazia parte de uma instalação de arte, que integrou um dos Salão Arte Pará.

Cores originais – A restauração também resgata as cores originais do prédio e internautas passaram a comentar sobre a mudança. Um dos posts dizia que o prédio ficou com aparência de repartição pública.

Em outra publicação, uma internauta diz que um dos arquitetos responsáveis pela equipe de restauração disse que as cores mais suaves foram pensadas também para evidenciar o Mercado Municipal de Carnes Francisco Bolonha, que fica em frente ao Solar.

Restauração – O prédio está sendo pintado com as cores originais, fruto de uma pesquisa científica, com aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

As obras estavam previstas para conclusão em dezembro de 2019. O novo prazo agora é julho, segundo a Prefeitura de Belém. O investimento é de R$ 4 milhões.

Trabalho – O trabalho se iniciou em 20 de abril de 2019, coordenado pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), e continua neste período de pandemia, sob orientações de prevenção ao novo coronavírus. Segundo a Prefeitura, as medidas foram adotadas para não suspender o andamento das obras públicas.

Por ser um projeto de restauração e conservação e estar inserido em área de tombamento federal e municipal, a restauração teve de passar pela aprovação e licenciamento pelo Iphan e Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel).

História – O Solar da Beira foi criado no século XX, após o mercado Ver-o-Peso. O espaço sofreu um processo de degradação, com surgimento de infiltrações e comprometimento nas instalações elétricas e estruturais. O abandono fez com que o local fosse usado como banheiro público.

Em 2015, na gestão de Zenaldo Coutinho, artistas e movimentos sociais iniciaram uma série de protestos no prédio, pedindo restauração e uso do espaço para políticas públicas de cultura. Obras foram expostas e atividades envolvendo cultura foram realizadas no segundo andar durante a ocupação do local.

O anúncio da restauração ocorreu 19 anos após a última ação de reparação no prédio, em 2000.

Fonte: G1 Pará

Etiquetas

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
Fechar