Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tiveram que deixar o acampamento na Esplanada dos Ministérios na manhã deste sábado, 13. Uma operação coordenada pela Secretaria de Segurança Pública e a do Distrito Federal Legal desocupou a área pública em cumprimento a um conjunto de leis federais e locais, além do decreto do Governo do Distrito Federal que proíbe aglomeração por conta da pandemia mundial do coronavírus.
Sem máscaras – Um dos acampamentos, ligado ao movimento que se intitula “300 do Brasil”, estava ao lado do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O outro, ao lado do Ministério da Agricultura. Em denúncia enviada ao jornal Correio Braziliense por meio do telefone Coronavírus CB (99119-8919), um servidor da Esplanada relatou que o grupo acampado entre os blocos C e D, circulava sem máscara e sem respeitar o distanciamento social.
“A minha aflição nos últimos dias tem sido o fluxo de pessoas no citado espaço, transeuntes, vendedores ambulantes. O pessoal não utiliza máscaras e não respeita nenhum distanciamento das pessoas. Em um momento em que os casos de contaminação tendem a aumentar a postura do grupo é extremamente irresponsável e preocupante”, desabafou o denunciante.
Em Brasília é proibido circular em espaços públicos sem máscara sob pena de multa de até R$ 2 mil para pessoa física e de R$ 4 mil para estabelecimentos. As multas são aplicadas desde 18 de maio.
Desmobilização – A desmobilização do acampamento é alvo de uma ação civil pública das 1ª e 2ª Promotorias de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Em caráter de urgência, o órgão pediu à Justiça a desmobilização do grupo intitulado “Os 300 do Brasil” e a proibição da retomada do movimento, que se reúne em Brasília desde o fim de abril com o intuito de “treinar” apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para, dentre outros objetivos, “expor e combater o totalitarismo da esquerda”. Este mês, a Justiça negou pedido do MPDFT.
Sara Winter – A militante Sara Winter, que coordenava um dos acampamentos, usou as redes sociais para criticar a ação do governo e cobrou de Bolsonaro uma posição. “A @pmdfoficial junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo gás de pimenta e agressões. Barracas, geradores, tendas, TUDO TOMADO à força! A Militância bolsonarista foi destruída HOJE. PRESIDENTE, REAJA!!!”, escreveu Winter.
Fonte: O Estado de Minas