George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso por montar um artefato explosivo em um caminhão de combustível, perto do Aeroporto de Brasília, no sábado, 24. Segundo a Polícia Civil, ele é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) e confessou o ato, que teve “motivação ideológica”. Ele foi autuado por terrorismo e permanece preso por tempo indeterminado.
No apartamento onde George foi preso, no Sudoeste, no Distrito Federal, os policiais encontraram um arsenal com fuzil, espingardas, revólveres, munição e outros artefatos explosivos. A corporação afirma saber que o homem teve ajuda e atua para identificar e prender os outros envolvidos.
George Washington foi preso à noite, em um apartamento alugado no Sudoeste. Segundo a Polícia Civil, ele é empresário e veio do Pará a Brasília, dirigindo um caminhonete, com objetivo de participar de atos realizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), no quartel-general do Exército.
No domingo, 25, a Justiça do Distrito Federal determinou, em audiência de custódia, que ele permaneça preso por tempo indeterminado. George admitiu que os artefatos explosivos eram oriundos de pedreiras e garimpos do Pará.
Quem é George – George Washington de Oliveira Sousa é da cidade de Xinguara, sul do Pará, e não de Santarém, no oeste do estado, como foi divulgado anteriormente, conforme o depoimento e documentos dele entregues à Polícia Federal (PF) em Brasília (DF), com cópia obtida pela imprensa. Ele mora no centro da cidade de Xinguara, na avenida Amazonas.
George nasceu em março (dia 25) de 1968. “Moro na cidade de Xinguara, no estado do Pará, e trabalho como gerente de posto de gasolina. Desde a eleição de Bolsonaro, eu passei a apoiá-lo por acreditar que ele é um patriota e um homem honesto”, disse em depoimento.
“Minha ida até Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo”, enfatizou ao delegado Isac de Azevedo, da PF.
Segundo a Polícia Civil, George tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular. Portanto, não podia estar com o material.
Cunho político – Ainda segundo Robson Candido, o homem confessou o crime e confirmou que o ato tinha cunho político. Ele se diz apoiador do presidente Jair Bolsonaro. O delegado-geral da PCDF classificou o ato como “extremismo político”.
“O que ele fala é que queria, o grupo dele, queria e gostaria de chamar atenção, justamente para ir para o aeroporto, explodir lá esse artefato, justamente para causar um tumulto dentro da nossa cidade, com esse motivo ideológico deles, político.”
A polícia afirma que inicialmente, o plano do grupo era instalar o explosivo em um poste, na cidade de Taguatinga, para interromper o fornecimento de energia elétrica na capital Brasília. No entanto, o material acabou instalado no caminhão por uma outra pessoa, que não era o preso.
Fontes: G1 e Correio Braziliense