Enquanto o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), manda cortar o ponto e deixar os servidores da Secretaria de Educação (Semec), em greve há quase dois meses, praticamente, sem o salário do mês, um denúncia dá conta de que a atual namorada de Ed, Nayra da Cunha Rossy Santos, tem dois salários, em cargos DAS, na Prefeitura de Belém.
A denúncia foi feita no perfil do Facebook de José Emílio Almeida, presidente da Associação dos Concursados do Pará. Veja o que ele escreveu: “O que mais tem me inquietado nesses tempos de bolsonarismo e ataques aos direitos da classe trabalhadora é a postura inconsequente do companheiro Edmilson Rodrigues, prefeito de Belém. Edmilson, conforme as imagens que ilustram este post [veja as fotos abaixo], nomeou a atual esposa [Nayra da Cunha Rossy Santos] em dois cargos na Prefeitura, garantindo à moça salários que, somados, ultrapassam R$ 15.000,00. Enquanto isso, o funcionalismo efetivo não recebe sequer o salário mínimo constitucional de R$ 1.200,00. Edmilson perdeu o meu respeito e admiração. Chega! Parei pra ti, Ed!”
Pelos prints na folha de pagamento da Prefeitura de Belém, Nayra é servidora da Semec, mas está cedida para Companhia de Tecnologia da Informação de Belém (Cinbesa), onde ocupa um cargo no Conselho Administrativo, e recebe pelos dois órgãos.
Ponto cortado e descontos – José Emílio também escreveu: “Inadmissível, inaceitável, isso não se faz. Recebi agora há pouco o contracheque de uma servidora pública da Secretaria Municipal de Educação (Semec) com o desconto dos dias em que ela, usando dos seus direitos constitucionais, participou da greve coordenada pelo Sintepp, o sindicato dos trabalhadores da educação pública. Os descontos atingiram parte dos assistentes administrativos, serviços gerais, secretários e técnicos de nível superior que exigem equiparação dos salários de R$ 869,26 para R$ 1.212,00 o valor do salário mínimo. A decisão desse absurdo partiu do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues; de Jurandir Novaes, titular da Secretaria Municipal de Administração (Semad); de Luiz Araújo, secretário de Contas de Belém e do chefe de gabinete do prefeito, Aldenor Junior. Os trabalhadores também cobram aumento no valor vale alimentação, o Plano de Carreira Unificado, concurso público, entre outras providências para que o serviço chegue com mais eficiência na população. Descontar do salário do trabalhador, qualquer valor, em decorrência da sua participação em movimento grevista só é praticado por governos opressores, de direita. Edmilson tirou desses trabalhadores o pouco que eles têm para o sustento das suas famílias. Em qualquer governo de esquerda, no mundo inteiro, as greves são respeitadas e negociadas. A postura de Edmilson deixa claro o caráter ideológico opressor do seu governo. Edmilson está nos envergonhando e pagará caro por isso”.