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Povo pobre e periférico sofre com falta de ônibus, mas para Edmilson Bondinho é mais importante

O prefeito Edmilson Rodrigues está caminhando no seu segundo ano de governo, mas até agora segue ignorando questões importantes para a cidade de Belém, a exemplo do transporte coletivo.

Na semana passada, o prefeito fez a sua segunda caminhada pelo centro histórico de Belém, anunciou algumas obras, ou melhor, que irá atrás de recursos para tocar obras como a do Palácio Antônio Lemos. Porém, ganhou repercussão mesmo o anúncio de que pretende reativar o bondinho do centro histórico de Belém, afinal, obra esta de alguns metros mas que ele se orgulha como “grande” feito dos seus 8 anos de governo.

A Estação do Bondinho, inclusive, leva o nome de seu avô, Gumercindo Rodriguez, que foi motorneiro no sistema de bondes original de Belém, segundo matéria da Agência Belém.

Por outro lado, o prefeito quer passar com a carroça na frente dos bois. O primeiro motivo é que antes de reativar o bondinho, o Centro Histórico de Belém precisa de zeladoria básica, mas que a prefeitura segue ignorando: Limpeza, retirada da fiação elétrica aérea, retirada da poluição visual, calçadas livres e padronizadas, asfalto lisinho e sarjetas sem esgoto a céu aberto.

O segundo motivo: Belém ainda não fez o dever de casa diante do desafio de remodelar o sistema de transporte público. A continuidade das obras do BRT Belém está parada. A licitação do transporte público ficou perdida em algum gabinete da Semob.

Enquanto essas questões não andam, a população padece com ônibus cada vez mais sucateados, sem ar-condicionado, com linhas sobrepostas, tendo que conviver com constantes “pregos, com ônibus sujos, fétidos, e abafados.

Mas se já não bastasse isso, diversas linhas estão sendo descontinuadas, com bairros inteiros sem transporte, forçando o assalariado a pagar mais caro para chegar ao trabalho. E quem sofre com todos esses problemas? Justamente o povo pobre, periférico, negro que tanto Edmilson usa em seu discurso.

Tudo que Belém precisa, é de um prefeito que comece a fazer o feijão com arroz, o básico, sem rodeios. No entanto, o prefeito Edmilson não parece nada prático, pois os desafios reais de Belém estão sendo esquecidos, no orçamento deste ano ele queria incluir, por exemplo, a criação de uma TV estatal.

Enquanto ele tenta voltar com velhas ideias – um contraponto ao slogan de sua campanha política – a cidade de Belém é uma metrópole em estado de agonia. O que ele vai querer trazer de volta? A escola circo?

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