Família e amigos do jornalista, colunista e escritor Gilberto Dimenstein, 63 anos, confirmaram seu falecimento na manhã desta sexta-feira, 29, em São Paulo. Ele lutava contra um câncer no pâncreas, descoberto no início de 2019. Filho de um pernambucano de origem polonesa, ele morou em Vila Mariana, distrito de São Paulo. Dimenstein tinha raízes paraenses, uma vez que a mãe dela era do Pará.
Trajetória – Formado na Faculdade Cásper Líbero, foi colunista da Folha de São Paulo, onde também foi diretor na sucursal de Brasília (DF), e correspondente em Nova York e na rádio CBN. Atuou no Jornal do Brasil, Correio Braziliense, Última Hora, Visão e Veja, além de ter sido acadêmico visitante do programa de Direitos Humanos na Universidade de Columbia.
Recebeu o prêmio Nacional de Direitos Humanos junto com Dom Paulo Evaristo Arns, o prêmio Criança e Paz, do Unicef, Menção Honrosa do prêmio Maria Moors Cabot, da Faculdade de Jornalismo de Columbia, em Nova York. Também ganhou os prêmios Esso (categoria principal) e Jabuti, em 1993, de melhor livro de não-ficção, com a obra “Cidadão de Papel”.
Foi um dos criadores da agência Andi – Comunicação e Direitos, uma organização não-governamental que tem como objetivo utilizar a mídia em favor de ações sociais. Em 2009, um documento preparado na Escola de Administração de Harvard, apontou-o como um dos exemplos de inovação comunitária, por seu projeto de bairro-escola, desenvolvido inicialmente em São Paulo, através do projeto Aprendiz. O projeto foi replicado através do mundo via Unicef e Unesco.
Gilberto Dimenstein também foi o criador do site Catraca Livre, considerado o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela TV alemã Deutsche Welle.
Fonte: jornal O Tempo