POLÍTICA

Justiça torna réus manifestantes que fizeram ato contra Alexandre de Moraes em SP

A Justiça de São Paulo aceitou nesta terça-feira (12) a denúncia feita pelo Ministério Público contra dois apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que participaram de um protesto no dia 2 de maio em frente ao prédio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Antonio Carlos Bonzeri e Jurandir Alencar viraram réus por ameaça, difamação, injúria e perturbação do sossego.

O juiz Márcio Sauandag, da 22ª Vara Criminal, aceitou a denúncia por considerar que “há indícios de autoria e materialidade delitivas” e deu o prazo de dez dias para que os denunciados apresentem suas defesas por escrito.

Na denúncia do MP, a promotora Alexandra Milaré Santos pediu que as penas fossem agravadas pelo fato de os crimes terem sido cometidos contra funcionário público, em razão de suas funções, e na presença de várias pessoas. Além disso, o pedido de agravo também foi feito por as ofensas terem sido realizadas durante evento de “calamidade pública”, ou seja, durante a pandemia do novo coronavírus.

“[os manifestantes] Permaneceram por aproximadamente 2 horas em via pública, oportunidade em que, utilizando-se de um microfone acoplado a alto-falante em um carro de som, realizaram diversas ameaças à vítima, tais como ‘você e sua família jamais poderão sair nas ruas deste país, nem daqui há vinte anos’ e ‘nós iremos defenestrá-los da terra’, bem como pelo fato de possuírem um caixão acoplado em um dos automóveis utilizados, simulando a morte do ofendido”, justificou a promotora.

Antônio Carlos Bronzeri também foi alvo de outra ação do MP na sexta-feira (8), que retirou do ar vídeos de sua autoria que difundiam a falsa informação de que a pandemia da Covid-19 não existe.

O advogado dos réus Danilo Garcia de Andrade: afirmou que “é uma inverdade do Ministério Público o uso de caixão na porta do ministro Alexandre de Moraes; também não houve utilização de caminhão de som ou de carro de som na manifestação. Foi usado um veículo particular Zafira, onde foi colocada uma caixa de som em cima deste automóvel.”

Ele informou ainda que a defesa irá se manifestar no processo em um prazo de dez dias.

Fonte G1

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