Delegada fala sobre prisão no Maranhão de pai que estuprou gêmeas de quatro anos em Parauapebas

Um homem foi preso nesta quarta-feira (07), sob a acusação de ter estuprado suas duas filhas, gêmeas, de quatro anos de idade no município de Parauapebas, sudeste paraense. O acusado cometeu o crime em setembro de 2019 no Pará, mas fugiu do estado, sendo detido com apoio da Polícia Civil do Maranhão, no município de Grajaú. A delegada Ana Carolina Carneiro de Abreu, diretora da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) e Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Parauapebas, falou sobre o caso, que era acompanhado por ela desde o começo.
Segundo o que disse a delegada, as crianças, que tinham quatro anos na época, foram passar o dia com o pai, que era separado da mãe. Quando as meninas voltaram para casa e foram tomar banho, uma das crianças disse para a mãe que o pai havia manipulado a genitália dela. A outra criança disse que o homem havia colocado a boca em sua vagina.
Ao ouvir esses relatos no final da noite enquanto banhava as filhas, a mãe horrorizada esperou o dia amanhecer para comunicar o caso na delegacia especializada. “Iniciadas as investigações, as crianças foram ouvidas em escuta especial com a psicóloga e foram encaminhadas ao Centro de Perícias Científicas [Renato Chaves], onde se constatou, na criança que havia tido a genitália manipulada pelo pai, indícios de atos libidinosos. A partir daí, eu representei o pedido de prisão de preventiva”, explicou a delegada Ana Carolina.
Segundo a diretora da Deam/Deaca, quando o mandado de prisão foi deferido pela Justiça, o homem, que terá seu nome omitido para resguardar as vítimas, já havia fugido. Desde então, começaram as buscas pelo foragido.
“As pessoas pensam que a Polícia Civil esquece, mas ela não esquece. Tivemos notícias que ele estava no Maranhão, e pedimos apoio para os colegas de lá. Sendo assim, conseguimos localizá-lo e os policiais deram cumprimento ao mandado de prisão preventiva pelo crime de estupro de vulnerável”, disse a delegada.
Ana Carolina também fez um apelo para as famílias vítimas de qualquer tipo de violência no ambiente doméstico: “Denunciem. Confiem na Polícia. Nenhum abuso sexual, mesmo no ambiente familiar, deve ser resolvido entre família. Todos os casos devem ser levados à autoridade policial”, finalizou.
Fonte O Liberal



