Segundo o Ranking do Saneamento 2024, divulgado nesta quarta-feira, 20, pelo Instituto Trata Brasil em colaboração com a GO Associados, o Brasil enfrenta um desafio considerável em garantir o acesso básico à água potável e à coleta de esgoto para sua população. De acordo com o estudo, aproximadamente 32 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável, enquanto 90 milhões de pessoas carecem de serviços de coleta de esgoto.
O levantamento analisou a situação dos 100 municípios mais populosos do país com base nos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), referentes ao ano de 2022 e publicados pelo Ministério das Cidades. Esses dados evidenciam a persistência de desafios significativos no que diz respeito à infraestrutura básica de saneamento em diversas regiões do Brasil.
No recente ranking divulgado, que avalia o “Nível de Atendimento”, “Melhoria do Atendimento” e “Nível de Eficiência”, Maringá (PR) conquistou o primeiro lugar, seguida por São José do Rio Preto (SP) e Campinas (SP). Este ano marcou um feito inédito na história do Ranking, com três municípios atingindo a pontuação máxima e, consequentemente, alcançando a universalização do saneamento. Por outro lado, os três municípios com os piores índices de saneamento são Porto Velho, Macapá e Santarém, destacando a urgência de medidas para melhorar a infraestrutura sanitária.
Segundo os dados do ranking, em termos de acesso total à água tratada, apenas 48,08% da população de Santarém é contemplada. Quanto à coleta total de esgoto, o município apresenta um índice alarmante de apenas 3,81% de sua população atendida, ficando na última posição entre as 100 cidades listadas. No que se refere ao tratamento de esgoto, Santarém ocupa a 96ª posição, com apenas 9,13% do volume total de esgoto tratado em relação ao consumo de água.