Esquerda e Direita dividem bases e intensificam disputa em 2024

Poucos meses das eleições municipais, os grupos políticos intensificam suas articulações, gerando acirradas disputas internas dentro dos espectros.

Mas  últimas campanhas para a prefeitura de Belém, a polarização entre esquerda e direita divide os eleitores, frequentemente resultando em um segundo turno disputado. 

Levando-se em conta o cenário atual e as recentes pesquisas, 2024 não será diferente. A questão é saber quem conseguirá reunir fôlego, força política e maioria das intenções de votos para chegar até lá. 

ESQUERDA, PSOL X PT: 

Edmilson Rodrigues, do PSOL, busca seu terceiro mandato, mas surpreendentemente encontra-se em uma posição desfavorável. Uma pesquisa recente divulgada pelo Paraná Pesquisa revela sua desvantagem, e a expressiva rejeição não favorece uma possível reviravolta. 

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Ed Potoca, como é popularmente conhecido, aposta em uma mudança nesse cenário, contando com o apoio do presidente Lula, do governador do Estado, Helder Barbalho, e nas obras que surgirão com os recursos provenientes da COP 30.

O dilema reside exatamente no enfraquecimento do relacionamento com o governador. Durante uma entrevista em um podcast, Edmilson insinuou que a aquisição de 300 ônibus elétricos era resultado de sua gestão, criticando Helder por divulgar a informação antecipadamente e sugerindo um viés midiático.

Por outro lado, conforme relatado pela jornalista Franssinete Florenzano, o Senador Beto Faro (PT) uniu a corrente interna de seu partido e lançou sua candidatura à prefeitura de Belém. Isso gerou considerável desconforto entre as demais tendências de esquerda. Na reunião, inicialmente a portas fechadas e posteriormente vazada ao público, o Senador assegurou que possui apoio do governador e do ministro Jader Filho.

DIREITA, PL X PATRIOTA

O deputado federal Eder Mauro (PL) largou como líder nas intenções de voto na corrida pela prefeitura de Belém, conforme apontado pela Paraná Pesquisa. No entanto, não se pode ignorar que o Delegado Eguchi (PTB) chegou a disputar o segundo turno nas últimas eleições municipais, o que lhe confere uma posição estratégica. 

Contudo, é inegável que Eguchi enfrentou desafios para manter sua base de eleitores nos intervalos entre as eleições. Quando não estava ausente da mídia, foi frequentemente associado a escândalos de corrupção na Polícia Federal, desgastando sua imagem.

Durante a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda o principal representante da direita conservadora no país, Eguchi não recebeu destaque, ficando ausente de todos os eventos.

Em um podcast, o deputado estadual Rogério Barra acusou o pré-candidato de ter apagado fotos que o associavam a Bolsonaro de suas redes sociais. Eguchi, por sua vez, admitiu não ter certeza de sua orientação política, evidenciando uma tentativa de se distanciar dos bolsonaristas, sua origem, e se posicionar mais no centro para atrair eleitores descontentes tanto com Lula quanto com Bolsonaro.